Inovação é um termo muito utilizado nas empresas atualmente. A sensação que se tem é de que todo mundo quer ter uma super ideia inovadora, que vai transformar o mercado e mudar o mundo!

Mas, várias questões e fatores acabam frustrando essas tais ideias “inovadoras” aí. Pois é, várias ideias realmente boas podem até terem sido colocadas em prática, só que no momento errado. Quem nunca, né?

Em outros casos você também pode deixar “pra lá” a grande oportunidade da sua vida: imagina você ter dito um “não” ou “deixado pra lá” uma ideia como a 99 Taxi ou a Loggi, por exemplo?

Falar de inovação nos dias de hoje tem sido recorrente, e muito desse assunto remete a empresas de tecnologia, mas a inovação pode estar em qualquer lugar! Com o termo na boca do povo, também pode ficar disperso o verdadeiro conceito desta palavra. Apesar de muitas pessoas terem diversas concepções, é necessário ter um norte.

Conceitos de “Inovação”

Em um dos reports do DTI (Departamento de Trade e Indústria) do Reino Unido, o conceito de inovação é descrito como “a exploração bem sucedida de boas ideias”.  Já o empresário Flávio Augusto, em um de seus podcast soltou que “inovação não é sobre fibra ótica. É sobre ótica.” Logo, temos que, apesar da tecnologia servir de base para a construção e materialização das ideias, a inovação na prática está mais relacionada com a visão que se tem sobre um determinado fato ou situação.

Indo mais a fundo, a palavra “inovação” vem do latim “innovatio” e se refere à “implementação de um novo produto ou melhoria significante em um produto existente. Podendo também ser um processo ou um novo método organizacional nas práticas do negócio” (OCDE, 2004).

No âmbito jurídico, a Lei de Inovação nº10. 973 de 2004 traz que a inovação é definida como “introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou processos ou que compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho”.

As formas de inovação

Produto

Podemos chamar de inovação de produto a introdução de um bem ou serviço novo ou significativamente melhorado em relação às suas características ou a usos previstos. Alguns exemplos: carro, software, medicamento.

Muitas vezes os produtos possuem roupagens novas ou alguma agregação de valor, sem apresentarem novidades efetivas na prática, sendo apenas uma mudança de visual. A isso chamamos de inovações incrementais.

Já quando há o desenvolvimento de uma função que vai mudar a forma de se usar um determinado produto, este processo torna-se uma inovação radical. Sendo assim, dentro da Inovação de produto há subtipos de inovação: A inovação radical e a inovação incremental.

Inovação do Processo

Chamamos de inovação de processo a implementação de um método novo de produção ou distribuição ou significativamente melhorado. Incluem-se mudanças significativas em técnicas, equipamentos e/ou softwares. Um exemplo é a inserção de um maquinário que aperfeiçoe a produção de medicamentos em um determinado centro de produção, o que ocorreu com a produção industrial da Penicilina que demandou recurso tecnológico de última geração para a época.

Organizacional

Aqui temos a inovação que ocorre através de mudanças no modelo de negócio. Ou seja, na forma como o produto ou serviço é oferecido ao mercado. Não implica necessariamente em mudanças no produto ou mesmo no processo de produção, mas na forma como ele é introduzido no mercado.

Solucionar um problema e pensar de forma diferente sobre algo que sempre foi feito do mesmo jeito são preposições que permeiam o ato de inovar. Neste contexto, é importante destacar que toda ideia deve gerar retorno, o mínimo que seja. Nem sempre pode dar certo, mas uma ideia que dá errada é uma ótima oportunidade de se refletir e melhorar. Portanto, ao colocar uma ideia em prática, pense no retorno que ela vai trazer.

Boas ideias costumam surgir em meio a um amontoado de ideias ruins. Logo, se faz necessário trazer essas ideias ruins à tona, para que então venha uma boa. Só é possível captar as boas ideias se houver um espaço onde as ideias ruins possam fluir livremente. Por isso nunca hesite de expor uma ideia que você pode achar ridícula – ela pode ser ridícula mesmo – mas muitas vezes o ato de colocá-la para fora é o exercício, a força necessária para dar luz à ideia boa.

E aí, conseguiu ficar por dentro do universo das inovações? Esse tema foi extraído da pauta do episódio #67 da nossa série EntreModais, que vai ao ar toda segunda-feira às 13h45 e aborda diversos assuntos do mundo empresarial e do universo logístico. Acompanhe aqui como foi a conversa desse episódio!

Leopoldo Suarez

Leopoldo Suarez

Executive Director & Partner | nstech

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