Fala aí,

Apesar de tantas notícias importantes e relevantes nessa semana, quero destacar aqui no editorial sobre a telemetria. A notícia que fala sobre isso é da Mundo Logística e tem um perfil “meio que” de divulgação, mas na verdade só quero pegar “o fio da meada”.

Sem medo de errar, escuto falar de telemetria auxiliando na gestão do transporte a mais de 5 anos. O engraçado é que até hoje falamos disso como inovação ou como algo que ainda vai chegar e irá revolucionar nossas atividades de gestão.

Na minha visão não parece ser bem por aí.
Dois pontos parecem dificultar a adoção dessa tecnologia de forma ampla:

  1. Disposição das montadoras em disponibilizar informações;
  2. Nível de gestão dos transportadores para “somar” com essas informações.

No primeiro ponto, agooooora, nos últimos dois anos é que parece que houve entendimento entre a maioria (não todas) as montadoras em ter um modelo de negócio, protocolo e preço compatível. Até então, cada uma “guardava a sete chaves” os acessos e somente alguns poucos tinham acesso ao ambiente de informações. Percebo inclusive o movimento das montadoras habilitando uma receita recorrente na hora de disponibilizar esses dados. Isso ao longo do tempo deve virar uma linha relevante pra eles.

Esse ponto é importante, mas mesmo tardiamente, parece estar sendo resolvido.
O problema mesmo está no segundo ponto: “Nível de gestão dos transportadores”.

Não foi uma nem duas vezes que fui abordado por transportadores querendo saber como habilitar a telemetria em sua frota pra “agora sim” poder fazer gestão. Tecnicamente isso está cada vez mais possível, mas na maioria das vezes encontramos um abismo entre essa gestão mais sofisticada e aquilo que já deveria estar sendo feito no dia a dia, e não está.

É como comparar com a pirâmide de Maslow:

Quando queremos habilitar gestão por telemetria sem cuidar de processos básicos do dia a dia, parece que estamos querendo atender necessidades de estima ou autorrealização antes mesmo das “necessidades fisiologicas” ou “de segurança”.

Ter o mínimo da gestão das viagens, registros de abastecimento e acompanhamento de motoristas (novamente, só o básico), para então depois disso poder somar com informações provenientes de uma tecnologia como a telemetria parece ser algo de outro mundo, mas não é.

Quando sou provocado a isso, me sinto tendo que construir um arranha céu começando pela cobertura.

Esse discernimento sobre a estruturação da base tecnológica e de gestão para então o avanço e uso das maravilhosas tecnologias que temos a disposição é um desafio e uma oportunidade gigante nesse mercado.

Temos que aproveitar.
Abraços e uma ótima semana!

1. IPVA 2022 para caminhões ficará mais caro; veja como calcular o imposto

Com a falta de caminhões 0km chegando aos pátios das concessionárias, houve um aumento da demanda pelos usados, que passaram a valorizá-los, sendo este o principal fator para o aumento do imposto. Importante ressaltar que o valor venal do veículo não é o mesmo da Fipe, mas é bem próximo e varia para cada estado. 

 Fonte: Estadão 

2. Exportação de café verde do Brasil cai 10,5% em 2021; perde US$ 465 mi por logística

Para 2022, a expectativa é de continuidade dos gargalos logísticos, mas com uma demanda aquecida em mercados que tem ganhado importância, como a China. Parte da queda registrada no grão do tipo robusta se deve à demanda da indústria interna que demandou mais produtos desta variedade, devido aos problemas climáticos que atingiram as lavouras do arábica, com seca e geadas. 

Fonte: Isto é Dinheiro

3. Telemetria é opção para reduzir acidentes e prejuízos nas estradas brasileiras

Entre os benefícios estão a diminuição da ociosidade da operação, redução de tombamentos, acompanhamentos do desempenho do motor e antecipação de possíveis falhas. A telemetria identifica pontos críticos da operação e leva ao aprimoramento das atividades, além de ampliar a segurança e evitar prejuízos, a telemetria também é apontada como um recurso capaz de reduzir custos operacionais. 

 Fonte: Revista Mundo Logística

4. Sem renovação do Reporto, setor teme perda de competitividade 

 O veto onera ou até mesmo inviabiliza investimentos necessários e importantes em infraestrutura de portos e ferrovias de carga brasileiros. Há também a preocupação com insegurança jurídica, que puxam como consequência a fuga de investidores, o que impacta na eficiência portuária e econômica do país como um todo. 

 Fonte: Jornal do Comércio

5. Shopee cresce fatia em e-commerce para dois dígitos e vira ameaça para varejistas 

 Investidores têm demonstrado interesse particular na Shopee, que iniciou suas operações no Brasil em 2019, focando em itens de menor valor, num cenário onde Americanas, Magazine Luiza e Via estenderam suas perdas ao longo do ano após afundarem pelo menos 58% em 2021.  

 Fonte: Ecommerce Brasil

6. Burger King amplia entregas com delivery próprio e promete cupons exclusivos 

 De acordo com a empresa, os principais diferenciais dessa nova ferramenta são, além da experiência de ponta no atendimento, as ofertas e cupons exclusivos para os consumidores. Para a gestão das entregas via delivery próprio, o BK possui um Hub Logístico com atuação em cerca de 45% dos restaurantes da rede em 100 cidades do Brasil. 

 Fonte: Isto é Dinheiro

7. Maior empresa ferroviária e de logística do país, a Rumo terá R$ 178 milhões em incentivo fiscal em sua obra de investimento bilionário em vagões e locomotivas, no Mato Grosso 

 O investimento conta com a compra de 2.142 vagões para o transporte de açúcar, farelo, grãos e fertilizantes, além de 45 locomotivas, chegando num porte que consagra a Rumo como a maior operadora ferroviária do Brasil. O avanço logístico é mais uma alternativa importante e sustentável para o escoamento de grãos no país. 

Fonte: Click Petróleo e Gás

Leopoldo Suarez

Leopoldo Suarez

Executive Director & Partner | nstech

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