- EDITORIAL | LEOPOLDO SUAREZ FILHO:
- Maersk diz que ainda é cedo para saber se haverá impactos na cadeia logística global devido variante Ômicron e traça perspectivas para 2022 diante da crise dos contêineres
- Huawei, ABDI e Abralog lançam primeiro estudo da “Logística Inteligente e o 5G no Brasil”
- Amazon sofre multa milionária por abusar de sua posição
- Plano nacional de logística prevê investimento de R$ 789 bilhões
- A proposta para conter aumentos dos preços dos combustíveis é aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos
- Aplicativo do ConecteSUS deixa de apresentar vacinas; site está fora do ar
> EDITORIAL | LEOPOLDO SUAREZ FILHO:
Fala aí,
Quero começar falando sobre a proposta de projeto de lei para conter reajustes nos preços dos combustíveis. A proposta foi aprovada pelo CAE e vai ao plenário. A ideia da proposta é baseada em 3 pilares:
- Diminuição da volatilidade dos derivados de petróleo
- Nova política interna de preços de venda para distribuidores
- Definição de fontes de recursos para “segurar” os reajustes
A ideia parece boa, mas vejo um desafio enorme para rodar, visto a demanda por combustível e a falta de opção que há. A distribuição é dominada por grandes players e essa política de preço de venda tende a complicar bastante a jornada dessa proposta.
Tem também a definição de fontes de recurso para criar um “colchão” pros reajustes. Falam de dividendos da Petrobras, resultado positivo no balanço do Banco Central de reservas cambiais, entre outros.
Enfim, isso impacta muito na vida de todo brasileiro, mas impacta de um jeito mais intenso na vida dos caminhoneiros. O preço do diesel sobe e para isso chegar (quando chega) no frete, o caminhoneiro já perdeu muito dinheiro.
Pra mim, esse tipo de ambiente criado pelos altos preços dos combustíveis acaba favorecendo grandes empresas de transporte, ou melhor, acaba impactando menos na vida dos grandões. Isso por que há estrutura de negociação, de estoque, de ferramentas financeiras para diminuir os impactos. O caminhoneiro autônomo não, ele sente a dor completa, sozinho.
Esse ambiente não tenho uma estabilização, no médio prazo veremos muito autônomos migrando para trabalhar de funcionário em transportadoras maiores.
Outra notícia que queria falar é sobre o “Plano Nacional da Logística”, apresentado semana passada pelo ministério da infraestrutura. O principal destaque é a disposição em aumentar a participação do modal ferroviário na logística brasileira. Hoje a ferrovia corresponde a 20%, e em um dos cenários apresentados para 2035 a ferrovia deve ter 30%. Já no cenário mais “otimista”, passa de 40%.
Olhando esse plano, vemos que aquele processo (que já conversamos aqui) sobre o artificio de “autorização” e não “licenciamento” das ferrovias trará muito dinheiro da iniciativa privada.
A ferrovia é mais eficiente e polui menos, porém, sempre precisa do apoio do caminhão pra seu funcionamento. A única diferença é que os caminhões ficarão responsáveis por rotas mais curtas, porém, com mais frequência, trazendo os produtos pra ferrovia e aumento a intensidade de viagens.
É um cenário parecido com o que vemos em países desenvolvidos.
Vamos ver “qualé”!
Uma ótima semana a todos.
1. Maersk diz que ainda é cedo para saber se haverá impactos na cadeia logística global devido variante Ômicron e traça perspectivas para 2022 diante da crise dos contêineres
Encontro virtual de jornalistas colocou em pauta o tema e apontou que, em meios a altos e baixos, como o fechamento de fábricas de um lado e a retomada econômica acelerada de outro, é realmente difícil mensurar sobre os impactos num cenário tão instável. Para o ano de 2022 a Maersk acredita em um mercado mais preparado, com um aumento da capacidade de navios em 22% do mercado mundial.
Fonte: Click Petróleo e Gás
2. Huawei, ABDI e Abralog lançam primeiro estudo da “Logística Inteligente e o 5G no Brasil”
Batizado de “White paper”, o documento reúne detalhes das tecnologias implementadas no Armazém Inteligente da multinacional em Sorocaba (SP). O documento revela ainda que a implementação de tecnologias como a inteligência artificial, entre outros recursos, todos conectados e impulsionados pela conexão 5G, tende a imprimir uma série de benefícios à gestão da cadeia de suprimento e logística no Brasil.
Fonte: Portos e Navios
3. Amazon sofre multa milionária por abusar de sua posição
O valor da multa foi de 1,128 bilhão de euros (cerca de 1,275 bilhão de dólares) pelo abuso de sua posição dominante, ao discriminar os vendedores que não usam seu serviço logístico. Esta é uma das maiores multas por práticas contra a concorrência impostas por um país à gigante americana do comércio online, que está na mira de vários reguladores.
Fonte: Isto é Dinheiro
4. Plano nacional de logística prevê investimento de R$ 789 bilhões
A expansão e o desenvolvimento da infraestrutura de transportes no Brasil até 2035 podem necessitar de até R$ 789 bilhões em investimentos. A cifra, expressiva, é considerada para um cenário de máxima oferta no País e faz parte de uma simulação do Plano Nacional de Logística (PNL) 2035, apresentado ontem pelo Ministério da Infraestrutura.
Fonte: Jornal do Comércio
5. A proposta para conter aumentos dos preços dos combustíveis é aprovada pela Comissão de Assuntos Econômicos
Apresentado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), o PL servirá como amortecedor dos impactos dos aumentos do preço do barril de petróleo e conter a alta nos preços dos combustíveis. Além disso, vai reduzir a volatilidade dos preços de derivados de petróleo e ainda, a proposta estabelece uma nova política interna de preços de venda aos distribuidores.
Fonte: Brasil do Trecho
6. Aplicativo do ConecteSUS deixa de apresentar vacinas; site está fora do ar
Usuários relataram o sumiço dos comprovantes de vacinação e problemas para logar na plataforma por todo o Brasil. O impacto já foi sentido e gerou complicações para quem não conseguiu entrar em locais onde se exige a carteira, como rodoviárias, por exemplo. Mas o Ministério da saúde informou que esses dados não serão perdidos.
Fonte: G1
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