Fala aí,

Aqui no EntreModais viemos acompanhando a história relacionada ao projeto de lei da BR do Mar. Falamos aqui quando ela foi pra primeira votação, ai as revisões, segunda votação, etc. Agora, enfim, ela foi sancionada.

Apesar de agora “estar valendo”, tem alguns pontos que podem ser observados pra entender os próximos passos da operação.

Antes, pra alinhar todo mundo, A lei BR do Mar estimula o uso da cabotagem, que é o transporte feito entre diferentes portos na mesma costa, no mesmo país.

Primeiro ponto é que sempre que falamos sobre incentivo a modais menos representativos no Brasil, achamos que isso vai afetar negativamente o transporte rodoviário. O rodoviário faz serviços que na verdade não deveriam ser realizados por ele, como por exemplo percursos de 3, 4 mil km. Alguns desses, próximos a costa. Esse processo propõe um equilíbrio na matriz de transporte brasileira.

Além do que, uma das notícias aqui é a safra recorde de soja, ou seja, a demanda aumenta cada dia mais, seja no agro, no industrial e no e-commerce. Sem trabalho o rodoviário não fica, com certeza.

Outro ponto é que apesar da ideia ser boa, parece que tem um grave ofensor: os custos pra operação da cabotagem.

Dentro do processo de sansão da lei, Bolsonaro vetou a criação do “Reporto”, um benefício que desonera investimentos em equipamentos e custos portuários. Segundo especialistas (você pode acompanhar nas notícias dessa edição) isso inibe a vantagem constituída com a lei. Ou seja: não ficou tão legal assim.

O ponto é que por diversas vezes vemos notícias que vão faltar caminhões pra essa próxima safra. Paralelo a isso, as ferrovias investindo fortemente no segmento, e agora a opção da BR do Mar.

Ano após ano, década após década a safra vem crescendo a passos largos no que diz respeito à volume, e um equilíbrio na matriz logística é quase que obrigação para que o país continue sendo competitivo.

Esses movimentos são importantes demais no longo prazo. Pode ser que um veto ou outro deem uma atrapalhada no curto prazo, mas tudo isso que está acontecendo faz parte do processo de amadurecimento da economia.

Uma ótima semana pra você!

1. Via adquire logtech CNT para acelerar logística de e-commerce

Dona das marcas Casas Bahia, Ponto, Extra e AsapLog, a Via agora traz para seu portfólio de empresas a logtech CNT. Com a aquisição, a gigante irá evoluir seu projeto de implantação do fulfillment. A aposta também está no formato multimarketplaces para seus parceiros, destravando oportunidades para atrair novos clientes e agregando valor para seu ecossistema 100% integrado. 

Fonte:  TI Inside

2. BR do Mar: entenda como a nova regra impacta a logística no Brasil

O projeto que visa estimular o uso da cabotagem tem como principal contraponto o impacto no setor rodoviário, em que há um temor de uma possível redução de sua competitividade no mercado. Outro ponto que gerou preocupação foi o veto da recriação do Reporto, o que pode tirar os estímulos da cabotagem. 

Fonte: CNN Brasil

3. Safra 2022 será de 277,1 milhões de toneladas, alta de 9,4% ante 2021, prevê IBGE

Com um salto de 9,4% em relação ao ano passado, este ano a previsão é de que 277,1 milhões de toneladas de soja sejam totalizadas durante a safra, que, se esse resultado se confirmar, será atingido um recorde. Um dos impulsos desta safra se dá pela recuperação do milho.

Fonte: Money Times

4. Aquecimento global impacta portos brasileiros e pode prejudicar cadeias logísticas 

O aumento da frequência de eventos climáticos extremos acende um sinal para que o setor portuário comece a se adaptar para evitar transtornos e crises mais graves. A saída seria aumentar a estrutura dos portos e melhorar a capacidade de monitoramento meteorológico.  

Fonte: Revista Mundo Logística 

5. Petrobras aumenta preço da gasolina e do diesel para as distribuidoras 

Sem surpresa alguma, o preço de venda de gasolina para as distribuidoras passou a ser no valor de R$3,24 a partir da última quarta-feira 12 de janeiro. Já o diesel está sendo comercializado por R$3,61. Para a Petrobras, os reajustes são importantes para garantir o suprimento do mercado em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento.

Fonte: New Trade

6. Serviço da Uber de ônibus fretado para empresas começa a operar no Brasil 

Agora será possível fretar um ônibus pela Uber, para atender a locomoção de colaboradores de uma empresa. O serviço se chama Uber Shuttle e é uma parceria com a Toyota, que vai conectar companhias de transporte de ônibus fretados para levar funcionários de São Paulo até Sorocaba, onde está localizada uma de suas fábricas.

Fonte: CNN Brasil

Leopoldo Suarez

Leopoldo Suarez

Executive Director & Partner | nstech

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