Abastecimento interno nada mais é do que investir em uma bomba de combustível dentro de uma unidade de sua transportadora, possibilitando uma administração mais próxima dos custos com combustível, além de facilitar o processo de abastecimento da frota, encurtando alguns quilômetros rodados.  

É claro que esse é um investimento que deve ser muito bem planejado, pois além de toda a instalação da estrutura necessária, existe a preocupação sobre a manutenção desses equipamentos (apesar de alguns fornecedores colocarem o equipamento dependendo da litragem que você adquire). 

Aqui vão algumas análises em forma de perguntas e respostas que são importantes para saber o quanto vale a pena usar dessa estratégia para redução de custos com abastecimento. 

 

  1. A unidadea ser instaladaa bomba é geograficamente favorável para boa parte dos veículos da sua operação? 

Entenda-se “boa parte” como o percentual de veículos que passam perto durante suas operações, ou que de alguma forma podem passar de período em período na unidade. Esse percentual precisa ser significante ao ponto de gerar vantagem financeira pra empresa. 

Se essa resposta for positiva, você também terá a vantagem de ter seus veículos passando pela unidade, e poderia implementar rotinas de checklist, rotinas de treinamento com motoristas, alinhamentos e etc. Enfim, tem alguns efeitos secundários que podem fazer sentido. 

 

  1. As rotas que passam próximas à unidade têm previsão de longo prazo? 

Ainda que a resposta da pergunta anterior tenha sido afirmativa, precisamos entender se os veículos passam perto por um frete de ocasião ou se são operações de característica de médio/longo prazo pra sua transportadora. 

Se empolgar com um tanto de frete spot que pode não durar tempo e você acabe tendo que enviar seus caminhões para rotas mais longe da unidade não é o ideal.  

 

  1. O preço do litrodisponível para acompra da bomba interna tem um desconto relevante em relação ao dos postos próximos à unidade? 

Para saber se é “relevante”, leve em consideração que você precisará ter uma pessoa (ou mais, dependendo dos turnos da sua operação) para tomar conta dessa dinâmica. 

Considere também que o ideal é que você “gire” o estoque pelo menos uma vez por semana, pra não ficar com “dinheiro parado” em estoque. 

Se essas análises se mostraram positivas, você está quase com a razão em querer fazer o abastecimento com bomba interna. 

 

  1. Você vai abastecer veículos próprios na sua bomba interna?

Essa é uma pergunta provocadora mesmo. Alguns transportadores têm a prática de ter bomba interna e fornecer o combustível para veículos subcontratados em suas operações. A ideia é ótima e pode ajudar muito na negociação do frete, porém, essa prática pode ser interpretada como comércio de combustível, que naturalmente não pode ser realizado por uma transportadora, e isso pode gerar problemas. Importante ficar alerta. 

Outra prática que já foi mais comum e normalmente é relacionada às bombas internas é a instalação do tanque adicional. Muitos transportadores trazem viabilidade pro abastecimento interno através dessa opção, pois fazem com que, dependendo da operação, todo abastecimento possa ser interno, e isso tende a reduzir muito o custo médio por litro. 

Se você tiver quatro “sims” nas perguntas acima, provavelmente é uma boa ideia ter uma bomba interna. E mesmo que você já tenha, é legal verificar a viabilidade através dessas perguntas. E como sugestão, de tempos em tempos realizá-las novamente para ver se tudo continua fazendo sentido. 

Quer saber mais sobre como o combustível afeta o dia-a-dia da sua transportadora? Baixe o primeiro capítulo do ebook Caminhão dá ou não dá dinheiro.

 

Leopoldo Suarez

Leopoldo Suarez

Executive Director & Partner | nstech

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