Olhar para dentro da transportadora muitas vezes é mais importante do que olhar para fora. Neste post vamos apresentar algumas ferramentas necessárias para um diagnóstico interno do seu negócio.

Nesse tempo que estou dentro do negócio de logística já passei por diversos tipos de operações, desde industrias, embarcados e transportadores. Delimitando nosso escopo desse texto e tratando das transportadoras, na nossa rodagem nesse “Brasilzão” identificamos uma problemática: Cada gestor de transportadora olha pra “dentro de casa” de uma maneira. Não que isso seja errado, porém pensando em como se estruturar para poder crescer/manter organizado, criamos uma maneira a qual sugerimos nossos parceiros a realizar a gestão e análise da empresa, chamamos de Fluxo de valor logístico.

olhar para dentro da transportadora

Para facilitar e contextualizar, vou passar área por área, para que você consiga colocar esse fluxo dentro do seu negócio e começar a olhar para dentro da transportadora, bora lá:

  • Cliente: O dono da carga, quem irá mandar as demandas e quem deverá receber os follow up’s de como estão as cargas.
    • O follow-up nada mais é do que o acompanhamento da carga. Uma gestão bem elaborada sobre a movimentação das mercadorias pode gerar muitas vantagens para todo o processo de transporte, resultando em aumento da eficiência na logística.
  • Comercial: Negocia o frete com cliente e viabiliza a operação logística, utilizando como input para ganhar respaldo as informações geradas pelas demais áreas da transportadora. Brincamos que a mesa do comercial é a sala do cliente, não é?
  • Pricing: Tem como objetivo a gestão, manutenção e controle da margem dentro da empresa. O pricing alimenta o comercial com informações para uma negociação segura visando o resultado. Em grandes players logísticos, essa área também é responsável pela gestão da tabela frete, sendo necessário deixar pré-configurado quanto irá cobrar do cliente e quanto poderá ser pago no caso de subcontratação.
  • Central de Inteligência:

É a célula responsável pelo core do negócio, desde planejamento e acompanhamento até o processo de documentação. Responsabilidade dessa célula é que a operação rode de maneira rentável(Bom planejamento logístico) e segura(gestão de viagem).

  • Pré-viagem: Planejamento do processo logístico, aqui encontrasse o processo de receber a demanda da área comercial e programar como será atendido com seus ativos, agregados e terceiros, também chamam essa área de programação.
  • Torre: Após o início processo logístico (pré-viagem), devemos geri-la através da torre de controle. Vários processos de gestão são possíveis dentro de uma torre de controle, por exemplo: controle de transit time, lead time, cerca eletrônica para geração de macros automáticas, gestão de alertas: paradas fora do plano, excesso de velocidade, desvio de rota, entre outros.
    • Transit time: é o intervalo necessário para uma remessa ser entregue. Basicamente, trata-se da quantidade de tempo gasto ao mover uma mercadoria entre o ponto de retirada e seu destino. Um conceito simples que tem grande impacto na reputação e no sucesso de uma transportadora.
    • Lead time em logística é o tempo de espera, ou seja, o período para conduzir todo o ciclo de produção, desde o pedido até a entrega efetiva.
  • Billing: Processo responsável pela emissão da documentação necessária para liberação da viagem. Aqui itens como automatização e rapidez da emissão estão diretamente ligado a agilidade do caminhão estão rodando. Em alguns lugares chamado de CCO, Faturamento, Emissão.
  • Staff

Célula que mantem o negócio girando, desde gestão da disponibilidade dos frota até o cuidado com os motoristas.

  • Frota: É a gestão do veículo propriamente dita, sendo subdivididas em 3 grandes áreas:
    • Abastecimento: Área responsável por cuidar das questões relacionadas ao combustível, desde qual os postos parceiros para abastecimento até o controle da média real x média ideal dos motoristas.
    • Manutenção: Todos que tem um veículo se preocupam de como está a manutenção do mesmo, desde gestão de preventivas, corretivas, tabela de manutenção, arvore de materiais, OS interna, OS externas entre outros termos estão relacionados a essa área.
    • Pneus: Da mesma maneira que os veículos precisam de manutenção, os pneus também precisam ser analisados para que seja possível fazer gestão. Para que a gestão de pneu ocorra exige-se disciplina, ou seja, se ficar sem inspecionar o pneu, não é possível realizar a gestão.
  • RH: Controle do motorista, aqui estão os itens de jornada de motorista, contratação e gestão de pessoas.

Com essa visão segmentada se torna possível direcionar ações e levantar indicadores por tipo de entrega de cada área.

Ahhh, e se dentro do seu negócio você não tem pessoas suficientes para abrir todas as áreas, saiba que a mesma pessoa pode navegar em mais de uma frente, porém é necessário organizar para que a mesma pessoa cuide de algo que ela mesmo audite(compliance).

Gostou do texto? Provocou alguma reflexão para olhar para dentro da transportadora dessa maneira? Quer mais detalhes? Qualquer dúvida, me procure.

Abraços!

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Leopoldo Suarez

Leopoldo Suarez

Executive Director & Partner | nstech

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